segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agarra-me se puderes



Agarra-me se puderes,
pelas ancas de preferência,
Agarra-me e aperta-me,
não tenhas medo...sua excelência...
Eu não parto, eu não quebro,
apenas me estico, rs,
nesta noite de grandes uivos
onde os bichos andam á solta...

Anda lá, meu safado,
meu safado por excelência,
agarra-me se puderes, se quiseres
me dar peso.
Eu curvo-me, eu aguento,
o calor que me preenche,
e esfrego-me lentamente
na tua ousada presença.

Espeta-me o teu dardo,
como um “bicho” tenebroso,
dá-me um pouco do teu “veneno”,
do teu cheiro e do teu gozo.
Leva-me á exaustão,
enquanto te levo a ti,
porque eu quero mais,
eu quero sempre,
sentir-te dentro de mim.


Embrulhada na tua pele,
eu só te quero abraçar,
e respirando pelos teus poros,
quero os teus lábios beijar.

Anda, ama-me, embrulha-me e prende-me.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ama-me


Uma noite de lua cheia,
lua tapada pelas nuvens,
que os meus olhos tentam limpar…
Onde estás? Onde andas tu?
Não vês que estou sedenta?
Não vês?
Carente, não só das tuas carícias e abraços,
não somente do teu peito quente,
nas também da tua voz…
Amo cada palavra que sai por entre os teus lábios,
podem ser lindas ou me magoar,
podem ser verdades que eu não aceito,
podem ser apenas frutos da tua imaginação,
…mas fala para mim…fala sempre…
E depois…pega-me ao colo,
e leva-me para a tua cama,
ou mesmo para o chão…
E deita-me,
e deita-te,
e arrasa-me com os teus beijos...
Mata-me de desejos...
E ama-me,
ama-me intensamente sem deixar rastos,
ama-me…e depois...queima-me…

quarta-feira, 5 de outubro de 2011



A noite traz-me o teu cheiro.
E o teu sopro na minha nuca,
deixando doces arrepios,
e loucos desejos...

Pés descalços,
umbigo destapado,
bicos erguidos,
...
Noite densa,
...
o silencio
...
e lá bem no fundo
consigo ouvir-te a sussurrar

palavras quentes
escaldantes,
que eu rezo para te prender.

Ninguém vê,
ninguém sabe
nem tu sabes

o que aconteceu...
...mas ressuscitaste-me...

e de braços abertos eu escuto,
e abraço a vida,
seja ela amarga...
eu aguento
...desde que te ouça a sussurrar-me...

palavras quentes
escaldantes,
que eu repito sem me cansar...